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A feliz comparação da aprendizagem do método Jisei com a aprendizagem de uma língua nova

por Rui Coelho

Num destes dias, em conversa de balneário no final de mais duas aulas, uma de Jisei Budô e outra de Jisei Kenjutsu, uma imagem veio à tona: a feliz comparação da aprendizagem do método Jisei com a aprendizagem de uma língua nova.

Exploremos aqui essa comparação.

Praticando há já algum tempo Jisei Kenjutsu, Jisei Tai Chi Chuan e Jisei Budô, cada vez mais me apercebo do novo “vocabulário” que o meu corpo vem interiorizando e da forma como revela esses novos conhecimentos, construindo novas formas de ser, estar, agir. Formas que se revelam no dia-a-dia, no trabalho, em casa, numa qualquer actividade entre amigos... mas principalmente nas aulas, onde aos poucos somos confrontados com novas experiências às quais cada um se adapta e responde mais e mais eficazmente.

Uma recente experiência junto de uma outra arte marcial, hoje muito conhecida e na moda, tida como fórmula para atingir resultados rápidos e eficazes, permitiu-me um termo de comparação que me faltava.

Para aqueles que procuram a vertente mais marcial da prática do Jisei, poderei dizer que, felizmente, a escola do Mestre Tokitsu não ensina caminhos fáceis, curtos, ou fórmulas de eficácia instantânea. E esta experiência comparativa permitiu-me perceber porquê. Um velho ditado ensina que, se alguém tem fome, não lhe dês um peixe, ensina-o antes a pescar. Este é um princípio basilar da escola Jisei.

Aqui entramos na feliz comparação. Quando aprendemos uma língua, seja ela o nosso idioma materno nos primeiros anos de vida, seja depois, uma qualquer outra linguagem, o processo não é instantâneo. Podem, é certo, ensinar-nos umas palavras que nos permitam “desenrascar” a pedir uma refeição, uma direcção, a apresentarmo-nos. Mas com essas palavras nunca conseguiremos entabular uma conversa com outra pessoa. Não a compreenderemos, não conseguiremos transmitir as nossas ideias, bloquearemos e seremos cilindrados enquanto perdidos na tradução.

Em contrapartida, se tivermos paciência, se progressivamente nos deixarmos banhar pela nova linguagem, se praticarmos muito, subitamente apercebemo-nos de que já conseguimos falar com outrem nesse idioma. E se continuarmos os nossos estudos, a praticar com regularidade, a procurar novos desafios (livros mais difíceis, interlocutores mais experientes, mais bem falantes), veremos o nosso vocabulário aumentar, conjuntamente com a nossa capacidade de conversação, a nossa capacidade de transmissão de ideias. Desta forma, a antecipação de uma conversa na nova língua deixa de assumir uma perspectiva aterradora, antes se avizinhando como uma experiência normal, casual, descomplicada.

Penso que esta comparação é não só válida como feliz.

Mais do que imitar os movimentos das diversas disciplinas, o método Jisei procura que compreendamos a razão de ser desses movimentos, e convida-nos a explorar os caminhos que se abrem (e são infindos) para os desenvolver e aplicar. Naturalmente, este método exige tempo e paciência.

Mas é com prazer que descobrimos, durante o nosso caminho, que somos, estamos, fazemos cada vez melhor.

O método Jisei não nos ensina meras palavras, meras frases. Se assim fosse, quando perante um razoável falante de qualquer linguagem marcial bloquearíamos, incapazes de dialogar. Rapidamente ele perceberia as limitações do nosso vocabulário e compreenderia que, apesar da forma, não tínhamos conteúdo. Estaríamos perdidos.

Pelo contrário, o método Jisei ensina-nos a falar, a construir. Ensina-nos a partir de dentro, de nós próprios, a desenvolver a nossa linguagem que mais não é que um universal Esperanto que nos permitirá comunicar com todos, em qualquer lugar, em qualquer situação.

E quando menos esperarmos, perceberemos que já estamos a falar... o que apenas motiva para trabalhar mais, melhor, já que esta nova linguagem não tem fim e há sempre mais para aprender, desenvolver e, porque não, ensinar.

Lisboa, 30.Outubro.2011

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